A Liga de Urântia de uma obra que segue uma tendência literária bem contemporânea, que são os livros baseados em jogos de videogame. Em vários países, como é o caso do Brasil, jogos de vídeogames estão classificados como patrimônio cultural, e já é comum no mercado cinematográfico a produção de filmes baseados em jogos como é o caso de Tomb Raider, Street Fighter, Mortal Kombat, Final Fantasy e a série Resident Evil.
Atualmente, além das grandes produtoras de filmes, os estúdios de jogos também buscam parcerias com grandes editoras, e potencializando uma tendência que parecer ser irreversível, promovem o lançamento de livros baseados em games de grande sucesso. Vários são os casos fora do Brasil, e mais recentemente dois lançamentos nesta linha se tornaram Best Sellers muito rapidamente.
Esse movimento além de solidificar ainda mais os games na área cultural, reconhecendo a grande contribuição que essa categoria vem dando para a sociedade, também abre as portas para que os fãs de games possam saborear o universo e os personagens que se identificam, de forma mais ampla. Trabalhando assim outros aspectos do desenvolvimento humano, abrindo novos horizontes na sua experiência com a leitura, como é o caso do enriquecimento do vocabulário e o desenvolvimento da imaginação.
A Liga de Urântia se propõe a ser uma dessas obras baseadas em games, e no caso é totalmente inspirado nos jogos de MMORPG, proporcionando aos fãs dessa categoria, uma grande identificação com vários elementos que fazem parte da trama. Toda a aventura acontece em meio a um surpreendente mistério que prende a atenção do início ao fim e os trechos de ação conseguem transportar o leitor para dentro de cada cena descrita em seus detalhes.
Porém tão interessante quando todos os elementos que formam essa grande obra é a maneira como ela foi concebida: A liga de Urântia é um livro que nasceu a partir de uma autêntica história de amor, com direito a castelos, capas e espadas. Júlio César e Daiana Martins, criadores do livro, se conheceram de forma peculiar, utilizando outras personalidades. Tratavam-se de Avatares digitais chamados Sidarta Indigo e Danna Matfield.
Júlio e Daiana se conheceram em um RPG on-line no complexo Second Life e depois que o namoro aconteceu, mesmo morando em cidades diferentes, os dois continuaram o relacionamento utilizando uma plataforma de MMORPG chamada Perfect World, também por meio de avatares.
Atualmente os dois são casados na vida real(veja os vídeos), e juntando as suas paixões por games e seus talentos profissionais, desenvolvem e lançam o projeto do livro A Liga de Urântia, usando apenas os seus próprios talentos.